É preciso aprender a amar-se! Sim!
permitir-se não ter acesso à saúde,
permitir-se não ter programas efetivos de inclusão social,
permitir-se não ter emprego, permitir-se perder direitos,
permitir-se aceitar calado a corrupção dos poderes públicos,
permitir-se pagar impostos que não são convertidos em serviços e etc.
Ora! Tudo isso sinaliza que é preciso amar-se mais e,
conseqüentemente,
lutar por melhores condições de vida.
Nesse sentido,
devemos olhar mais no espelho, amar-nos
Nesse sentido, devemos olhar mais no espelho,
amar-nos e jamais abaixar a cabeça para o outro.
Principalmente quando ele governa mal,
explora-nos e impede-nos de alcançar o sagrado direito natural de existir com dignidade.
Assim, querer o perdão e a paz não nos obriga a aceitar humilhações ou desistir de sonhar com um futuro melhor.
Muitas vezes é necessário rebelar-se.
Enfim: agir como o messias cristão que entrou no templo, esbravejou e derrubou as bancas dos que ali negociavam
Querer a Justiça e uma vida melhor exigem que saiamos de casa em protesto e, até mesmo, desafiemos as instituições vigentes.
Aceitar a destruição de si mesmo sob a alegação rasteira do “amor ao próximo” e da “paz”,
apenas piora a situação.
Pois à medida que o opressor torna-se mais poderoso, ele exige mais.
Logo, se o oprimido aceitar e “perdoar” a ofensa, abrirá caminho para que o tirano abuse novamente.
E, nessa hipótese, o ciclo tornar-se-á ainda mais vicioso, cruel e difícil de se combater.
Omitir-se é uma forma velada de concordar com o mal.
Portanto,
não indignar-se contra a injustiça não é amor ao próximo,
mas total falta de amor a si mesmo, enfim:
covardia.
Nos dizeres de Nietzsche, é a “cultura da decadência”, a “moral escrava”,
a “negação dos instintos básicos da vida” e,
nesse sentido,
certamente o brasileiro precisa urgentemente aprender a amar-se mais.
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