Seja pelo estilo clássico chinês ou o minimalista moderno japonês, de tempos em tempos a moda oriental ressurge nas exibições de decoração. Hoje, o design de interiores da cidade, seguindo a tendência mundial, adere ao espaço zen na lista de ambientes que recebe uma releitura mais contemporânea, mas quase sempre com o mesmo objetivo: um local destinado à meditação e bem-estar.
Tudo bem que o design oriental combina melhor com ambientes mais tranqüilos, como quartos e jardins, mas nada impede que qualquer cômodo seja decorado com essas características. Um detalhe, no entanto: é preciso saber que ambientes monotemáticos são perigosos, pois é muito fácil pecar pelo excesso. A arquiteta Kely Carvalho conta o segredo: “Para fazer funcionar um ambiente japonês, é preciso usar algumas peças orientais versáteis, como o futon, e ajustá-las ao estilo de vida ocidental”.
Por exemplo: a decoração oriental contemporânea não obriga que sejam usadas camas e mesas baixas, clássicos do design japonês. Como alternativa, é possível apostar em móveis com estilo ocidental, de madeiras claras, que representam o bambu, ou madeiras escuras com goma de laca preta. O que deve dar o toque japonês ou chinês são os adornos colocados no ambiente — basta escolher alguns símbolos da cultura e usá-los como enfeites. O arquiteto Hélio Albuquerque explica que “quase nada é novidade quando se trata de um ambiente oriental”. E completa: “O segredo para renovar é fazer uma releitura do material que já existe”.
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