O Edifício Joelma, atualmente denominado Edifício Praça da Bandeira,
é um edifício da cidade de São Paulo que sofreu um grande incêndio em 1 de fevereiro de 1974,
uma sexta-feira.
Foi inaugurado no ano de 1971 e localiza-se no nº 225 da Avenida Nove de Julho com outras duas fachadas para a Praça da Bandeira (lateral) e para a rua Santo Antônio (fundos).
Foi o local de uma grande tragédia. Um curto-circuito em um
Estavam no local cerca de 756 pessoas.
Naquela época,
a cidade ainda recordava intensamente a tragédia do Andraus.
O incêndio recebeu na época grande cobertura da mídia.
Vários helicópteros o circudaram quando do incêndio, sendo que alguns deles conseguiram resgatar algumas pessoas do topo do edifício.
Os helicópteros pousavam no viaduto em frente e na
Câmara Municipal que se situa nas proximidades.
Quando do incêndio, várias pessoas correram ao topo do edifício a fim de fugir das chamas.
Devido a localização no edifício,
junto a praça das bandeiras,
o incêndio pode ser observado por muitas pessoas.
A ação dos bombeiros foi prejudicada pois eles não tinham equipamentos básicos como máscaras contra gás.
O edifício não provia de escada de incêndio e de heliporto.
Os profissionais que fizeram as instalações elétricas do prédio foram considerados como co-responsáveis pelo incêndio
Em 1948, antes do Joelma ser construído,
havia naquele terreno uma casa que era do professor Paulo Camargo.
Ele morava com a mãe e as irmãs.
Ele as matou e em seguida sepultou suas vítimas no
poço que fora construído no fundo da casa justamente para esse fim.
A polícia descobriu o crime por meio de várias
denúncias relatando o desaparecimendo de várias mulheres no local.
Descoberto o mistério, Paulo Camargo se matou.
Os bombeiros resgataram os corpos
(no resgate, um dos bombeiros sofreu um tipo de infecção cadavérica e mais tarde veio a morrer
[A polícia naquela época trabalhava com duas hipóteses que seriam motivos para o crime.
A primeira, seria o fato da mãe e das irmãs não terem aprovado uma namorada dele.
A segunda, seria o fato da mãe e suas irmãs estarem muito doentes e por isso o professor não quis cuidar delas.
A verdadeira causa dos assassinatos nunca foi descoberta.
Passado o tempo a casa foi demolida e deu lugar ao edifíciO
Resgate
Uma pessoa que ajudou para que a tragédia não ficasse maior foi José Roberto Viestel.
Ele estava em sua residência.
Quando ele recebeu um telefonema, ele entendeu que constatava um incêndio em um veículo. Ele foi até o local.
O trânsito já se encontrava caótico.
Ele deixou o seu veiculo com um policial que estava em frente a Praça da Bandeira (depois da tragédia o veículo foi devidamente devolvido).
Quando ele chegou, viu que as mangueiras dos caminhões dos bombeiros estavam com defeito.
Depois de ter ajudado os manobristas com a retirada dos veículos, ele arrumou as mangueiras que estavam na garagem do Joelma.
As mangueiras eram usadas na lavagem do local.
A tragédia poderia ser maior se não fosse a atuação de José Roberto Viestel.
Após o incêndio o prédio ficou interditado por quatro anos para obras.
Quando as obras terminaram, o prédio foi rebatizado como Edifício Praça da Bandeira,
mas continua carregando a fama de mal-assombrado.
Mistérios que rondam o Joelma
O lugar ganhou fama de ser assombrado e amaldiçoado.
Em 1978 foi rodado o filme Joelma 23º andar, baseado no livro Somos seis, do medium Chico Xavier, no qual se conta a história de uma garota que morreu no incêndio.
O papel da protagonista foi interpretado pela atriz Beth Goulart.
No dia 30 de Junho de 2005, o programa Linha Direta da Rede Globo, estréia o quadro "Linha Direta Mistério" com o caso Joelma.
Treze pessoas tentaram escapar por um elevador, mas não conseguiram, os corpos não foram identificados, foram enterrados lado a lado no Cemitério São Pedro, em São Paulo.
Especiais - Programas de TV
Além do especial Linha Direta Mistério, exibido pela Rede Globo em 2005, foi ao ar, no Jornal da Record, em 5 de julho de 2008, uma reportagem da série "Bombeiro: Herói de Todos", que relembrou o incêndio ocorrido no Edifício Joelma em 1974, mostrando várias cenas da tragédia, como pessoas desesperadas, se atirando do prédio, e o difícil salvamento com helicópteros.
Nessa mesma reportagem foi abordado o incêndio do Edifício Andraus, ocorrido em 1972; o caso do Bateau Mouche, barco que afundou na Baía de Guanabara em 31/12/1988, matando várias pessoas; e do Elevado Paulo de Frontin, que desabou sobre carros e ônibus em 1971, matando mais de 40 pessoas. A reportagem, que traz cenas raras e impressionantes dessas 4 tragédias, abordou também a ação dos bombeiros, que não medem esforços para salvar vidas, mesmo em casos tão terríveis como os mencionados na reportagem.
Conclusão
A tragédia do Joelma, que se deu apenas 2 anos após o incêndio no Edifício Andraus, acendeu a discussão na opinião pública com relação aos sistemas de prevenção e combate a incêndio, cujas deficiências foram evidenciadas nos dois grandes incêndios.
Na ocasião, o Código de Obras em vigor era o de 1934, um tempo em que a cidade tinha 700.000 habitantes, prédios de poucos andares e não havia a quantidade de aparelhos elétricos dos anos 70
No Edifício Andraus, muitas pessoas conseguiram chegar ao heliporto e serem resgatadas por helicópteros. Diversas pessoas no Edifício Joelma tentaram o mesmo recurso, mas o edifício não tinha heliporto e as telhas de amianto, escadas e madeiras impediram que os helicópteros pousassem
O incêndio do Joelma causou 179 mortes e deixou 300 pessoas feridas
Nenhum comentário:
Postar um comentário
ATE 180 PALAhttp://www.blogger.com/blogoptionsfeed.g?blogID=1882529031343689104VRAS