Kaká segura choro em entrevista: "não sei nem o que falar"
02 de julho de 2010 • 14h35 • atualizado às 17h45
Kaká segura choro em entrevista: "não sei nem o que falar"
02 de julho de 2010 • 14h35 • atualizado às 17h45
Kaká era um dos jogadores mais abatidos após a eliminação brasileira do Mundial
Foto: Reinaldo Marques/Terra
Foto: Reinaldo Marques/Terra
Kaká, um dos líderes da Seleção Brasileira, era também o símbolo da derrota após a eliminação. Com os olhos muito vermelhos e inchados depois de chorar no vestiário, teve que segurar as lágrimas na hora de explicar a derrota de virada por 2 a 1 para a Holanda, em Port Elizabeth, pelas quartas de final da Copa do Mundo da África do Sul.
Logo que chegou à área de entrevistas, Kaká teve muitas dificuldades para falar. Tinha a voz embargada. "É um momento difícil, duro. Não sei nem (pausa) o que falar e o que pensar. É um momento realmente muito difícil".
Quando conseguiu se controlar um pouco mais, lamentou principalmente o gol da virada. No lance, Robben cobrou escanteio, Kuyt desviou no primeiro pau e Sneijder - de apenas 1,70 m de altura - nem precisou pular para finalizar.
"É uma tristeza... Não tem muito o que dizer. Difícil... É um momento delicado. Acho que ninguém está mais triste do que nós. Cada um desses jogadores aqui fez o que podia. Fizemos... Lutamos, batalhamos. E uma Copa se vence e se perde nos detalhes. Como foi hoje, perdemos em um detalhe de uma bola parada. Isso traz uma tristeza muito grande para todos nós", disse.
Depois de fazer parte do grupo que conquistou o penta na Coreia do Sul e no Japão, em 2002, ainda como reserva, Kaká amargou pela segunda vez uma eliminação nas quartas de final de uma Copa. Em 2006, na Alemanha, era titular da equipe que perdeu para a França.
"A dor é a mesma. É triste. É um momento realmente de muita, muita dor. É como eu falei. Acho que tem muita gente triste e sofrendo no Brasil por essa derrota, mas ninguém mais do que esses jogadores", lembrou.
E, ao ser perguntado sobre a chance de dar a volta por cima em 2014, quando o Mundial será disputado no Brasil, Kaká voltou a embargar a voz. "Não, calma... Está muito fresca ainda essa derrota. Depois nós pensamos em outra Copa do Mundo e outras coisas. Não sei. É como eu falei, agora não sei muito o que pensar e o que fazer".
Kaká não apresentou na Copa uma performance à altura de quem já foi eleito o melhor jogador do Mundo. Vinha de uma lesão muscular e precisou fazer um trabalho especial antes da competição. Não conseguiu fazer suas famosas arrancadas com a bola. Para completar, surpreendeu pela indisciplina, tendo levado três cartões amarelos - dois deles numa mesma partida e que resultaram numa expulsão.
De positivo, conseguiu dar boas assistências, principalmente para o atacante Luís Fabiano. Contra a Costa do Marfim, no segundo jogo da fase classificatória, e contra o Chile, pelas oitavas de final, deixou o companheiro na cara do gol para balançar as redes.
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