Abuso sexual na infância
O abuso sexual de crianças existe em praticamente todas as sociedades.
Ele inclui qualquer ato sexual entre um adulto (ou familiar imediato) e uma criança,
além de qualquer contato sexual não consensual entre duas crianças.
Geralmente, as leis não consideram a questão do consentimento como relevante nos casos de contato sexual entre adultos e crianças, sendo que estas são definidas, de forma muito variada, como pessoas com no máximo 13, 14, 15 ou 16 anos de idade.
Como se trata de um tema cercado pelo tabu,
é difícil reunir estatísticas confiáveis sobre a prevalência do abuso sexual durante a infância.
Os poucos estudos existentes com amostragens representativas informam que este tipo de abuso é bastante difundido
Os estudos não podem ser comparados diretamente devido a diferenças na amostragem e na definição do que constitui o abuso.
A maioria dos estudos diferencia o abuso que envolve contato físico daquele que não o faz, como é o caso do exibicionismo.
Também fazem menção a vários tipos de contato sexual, por exemplo, o toque das partes genitais, que é diferente do ato sexual.
Apesar de tanto meninas como meninos poderem ser vítimas do abuso sexual, a maioria dos estudos relata que a prevalência de abuso entre meninas é de pelo menos 1,5 a 3 vezes a dos meninos e, às vezes, muito maior (75, 153).
Em Barbados, por exemplo, 30% das mulheres e 2% dos homens declararam ter sofrido abuso (que pudesse ser considerado como sexual) durante a infância ou adolescência (199).
Mas é possível que o abuso sexual de meninos não seja tão freqüentemente informado como o de meninas.
As mulheres tendem a relatar que são mais profundamente afetadas pelo abuso sexual do que os homens, embora, sem dúvida alguma, alguns homens e meninos também sofram enormemente
A experiência de ser penetrado parece ser particularmente traumática tanto para meninos como meninas
Os estudos mostram consistentemente que, seja qual for o sexo da vítima, a grande maioria dos agressores é do sexo masculino e eles são conhecidos da vítima (217, 336, 396, 414). Muitos agressores foram eles mesmos agredidos sexualmente na infância, embora a maioria dos meninos que sofrem abuso sexual não agridem sexualmente outros quando se tornam adultos
O abuso sexual pode gerar muitas conseqüências nocivas à saúde, inclusive problemas psicológicos e de comportamento, distúrbios sexuais, problemas de relacionamento, baixa auto-estima, depressão, tendência ao suicídio, alcoolismo e dependência química, além de comportamento sexual mais arriscado
As mulheres que sofrem abuso sexual durante a infância correm também um risco elevado de sofrerem abuso físico ou sexual quando adultas
Embora os efeitos do abuso sexual sejam graves e duradouros para algumas crianças, nem todas sofrerão conseqüências que continuam durante a vida adulta
O abuso sexual tem maior probabilidade de causar danos a longo prazo se for perpetrado durante um período mais longo, se o responsável for o pai ou uma figura paterna, se houver penetração ou se for utilizada força ou violência
A resistência de uma criança e o tipo de acolhida que recebe quando relata o abuso também afetam as conseqüências a longo prazo
Quando as pessoas acreditam na criança que relata um abuso e oferecem-lhe seu apoio, as conseqüências são freqüentemente menos graves do que quando a revelação da criança gera descrédito, acusação ou rejeição
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